quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



DA ESTRANHA MANIA DE TER FÉ NA VIDA

"E não foram poucos os que vendo pérolas sobre os pés despedaçaram-nas...""

O mistério é não haver mistério. O natural acontece e pronto. Por exemplo.

ÔM





Quem nasceu primeiro o ovo, a galinha, ou a rachadura na parede do pensamento por onde certas certezas simplesmente vazam claras na minha cara de gema?


O fim é igual ao dez.


"10 já é o começo do 11"...Clarice Lispector

Sobras


>



Tua dor é substância como minha loucura? Tanto faz. Ambas são áridas. A semente do amor que não plantamos em lugar seguro apodrece perdida e sem pátria. Não nasce, nem morre. Sobra....
"Juro que amo até sua covardia e a minha loucura..." Pagu

Não há alegria, nem tristeza que caiba a contento no cansaço dos olhos. Não sou eu. São minhas pintas trêmulas, que parecem desmaiadas em meu peito ultimamente.....
"Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho" Edgar Allan Poe

Maria
"Ferozmente mulher
E brutalmente criança"

Seria um epitáfio quase ideal para uma jovem senhora, antes da metade da vida suposta.
Depois, nunca se sabe. Algumas coisas mudam de repente mesmo.
De que adianta supor como te pareço? Se de toda forma o indescritível nos vence. "Pluma. Ponta de faca. Borboleta e cascavel..."Também eu estou em toda parte lado a lado das tuas ambições autodescritivas

As aspas são uma brincadeira com escritos encantadores de Ruy Guerra , que sabiamente também falou que é preciso apalhaçar a dor.



"Desanuvia a testa e coloca um vestido branco"..Clarice Lispector


A contadora perdeu o fio da meada da estória. Não esteve bem certa do causo do dia sem passado. Era uma vez mais ou menos assim:
a ausência de Maria roçava-lhe as pernas da noite. Todo dia. A presença de João era destemperada como um lamber de seios em praça pública à luz das três da tarde.
Ele ofereceu uma página de seu futuro para a tal moça. Ela só acreditava no agora. E assim essa estória não tem passado. Só a eterna intensidade do que nasce para morrer precipitadamente.



Eu vi as rachaduras nas paredes ecoarem o choro contido das crianças que não pari. Era simultâneo aos gemidos da minha inocência agonizante. Abandonada onde tudo é apenas realidade. Nua e principalmente crua. Minha vida toda escorreu gotejante sobre a solidão absoluta de mais uma vez escolher a liberdade.
"liberdade é pouco. Para o que desejo ainda não há nome"..Clarice Lispector
............E depois a ausência de uma imagem é o patrimônio imaterial do elo de antes das línguas apartadas....


No rosto um pranto, sem manto e um tanto de espanto. Em cada bochecha um espelho de dentro. Daquilo que ousa fugir pelos olhos.......




O chão pode ser o pouso do tombo, mas também o melhor ângulo para compartilhar a beleza o céu. Tudo é questão de ângulo. Se te deram uma rasteira ou se você tropeçou por vocação confessa à andar distraída, o que da mesma forma importará é o que te fará levantar mais depressa. E não existe mola melhor do que o contentamento sincero de um sorriso cujo motivo é estar vivo. "É preciso viver apesar de.....", como diria Clarice Lispector.

Tudo Bem




No vão dos dentes sobra o espaço de sempre. Plácido. A espera de nada. Numa solidão tranquila, em companhia de todas as outras igualmente encadeadas, no mesmo sorriso altivo. Tudo bem, mesmo se as gengivas sangram. É só isso. Tudo o mesmo, apesar de bem fastiante esta previsibilidade alheia, que distraída, as vezes engulo, enquanto querem me mastigar.....


"Ela era uma pergunta sem resposta e ele disse sim..." Sex and the City. É eu gosto. Quando estou triste costumo assistir para dar umas risadas. Apesar dos inevitáveis clichês elas sempre dão um jeito de rir de si mesmas....
Me Dá

Veio me dar seus olhos de mar. Me nadar. Quando é a praia do seu silêncio, onde existo. Resisto. Resido. Resíduo.....

Sem Planos

Certos planos são como pastas vazias. Ausentes da repleta realidade dos outros....

"DA FÉ EM NÓS ..."


É sempre mais fácil não fazer, não falar, não agir. Eternas saudações aos que movimentam o mundo. Aos que dão com a cara na parede e ainda tentam de novo. Quantas vezes forem necessárias. "Há os que sentam e choram e os que se levantam e fazem"DeRose, educador, escritor e codificador mundial do SwáSthya Yôga - www.metododerose.org
Mas voltando à irritação...
Sabe gente blasé que parece que já sabe tudo antes mesmo de conhecer? O tipo que nunca se importa e para o qual qualquer acontecimento não passa de trivialidade. Não entendo gente assim. Nem sei se hei de entender às vezes. Sou menina. Denuncio meu encantamento sem pudores porque no fim acho até bonito ainda me encantar num mundo tão feio e mal cheiroso como se apresenta o nosso, muitas vezes. Se sorrio farto e alto é só porque o contentamento vaza. Não é ostentação. Nem breguice. E se soluço na mesma proporção é porque doeu mesmo e não pude suportar sem me lavar.
Sou dama antiga. Ainda vivo em tempo real. Como diz um amigo meu prefiro que você me conte pessoalmente as peripécias do seu cachorro e se puder brincar com ele tanto melhor, ao invés de apenas observar o melhor ângulo do lindo no facebook. Tem quandos em que me pego pensando nessas redes de relacionamento que também frequento, essencialmente por ser um ser social e por ter muitas saudades de alguns outros seres de "outros planetas", além de divulgar meu trabalho claro. É estranho porque as pessoas acostumaram-se tanto ao conforto de serem só ideais via internet, que o encontro dos olhos é quase uma ameça iminente de sofrimentos que só a realidade causa. Tudo bobagem. A vida só começa a acontecer plenamente quando a gente é capaz de encontrar-se em qualquer situação.
E o caminho até essa pedra acima do bem e do mal é árduo. Cansa. Quero tanto e tanto deixar de precisar entender sabe? Hj não tive vontade de entrar no meu facebook. Queria tomar um café quente com algumas pessoas e trocar impressões borradas de realidade mesmo, sem retoques de retórica, estética e etecétaras, mas tava todo mundo ocupado atualizando o respectivo perfil e então me faltou saco e assunto para escrever no mural do facebook que à quem interessar possa é Carol Montone.



EU FAÇO A CENA QUE EU QUISER




LEGENDA DO VÍDEO: As vezes quebram minhas pernas, pisam nos meus dedos..mas faço valer cada cicatriz.."Nome Próprio (filme). Acabei de rever no canal Brasil, assim por acaso. Pensei que a angústia não carece propriamente de motivo alheio a nossa eterna dor de ser sozinho nos desejos. É preciso ter fé na alegria e gostar de cam...inhar cada passo com a paz de quem não perdeu a capacidade de confiar na vida....

ETERNOS ETECÉTARAS......
As vezes eu preciso inventar me entende? Não é patológico pode crer. No máximo um vício defensivo, correspondente ao ítem número 69 do manual de sobrevivência na selva. Nem tudo carece “psicicanalização”, afinal. Essa idéia é slogan. Tudo bem. Talvez a vovó já fizesse esse exercício imaginativo também, sem alarde, enquanto preparava seus bolos de fubá com queijo, você tem de admitir. Eu cozinho bem, vez em quando, mas minha especialidade mesmo é acreditar no meu jeito de saber o mundo.
Mesmo que não faça sentido ocasional crer que o que eu quero é real em mim é isso, paralelamente, que me liberta do mundo das privações alheias. Em mim pode ser tudo do meu jeito. Comemorar esta hipótese tão liberta de nós dois, nós mesmos, nós muitos, tão entulhados de motivos semelhantes, é mais desafiador que sentenciá-la. E assim bem antes do fim da noite prefiro dormir no conforto de quem supõe suas mãos abandonadas em minhas costas, nem antes, nem depois de nada. Naturalmente, como sempre seria.
Enquanto isso a vida até agora me ofereceu regalias que nem tive tempo de propriamente necessitar e /ou pedir, enquanto agradeci cotidianamente, e ademais tenho a companhia eterna das minhas melhores invenções, mesmo assim hoje algo dói barulhento , de repente, num compasso mais real que eu poderia imaginar. E acho até que enfim, sem escolha, notei sua falta definitiva. Espera aí eu nunca imaginei que acreditaria no definido..................
Só estou com dor de cabeça. Ponto.

Toda canção de amor é um encontro com eternos recomeços




Existe uma tranquilidade incomunicável em dois seres que ocupam a mesma sintonia. Não se trata de precisão, mas de acontecimento. E assim desavisados notam que são o corpo de idêntica alegria. Quem pode renegar benção deste porte? A descoberta da possibilidade de compartilhar o que é simples e naturalmente feliz, como tivesse sempre existido bem antes: o encontro.
Encontrar é um verbo que nunca se perde nos motivos da vida. Quero pensar assim. Quando duas bocas se olham sabendo-se irremediavelmente enlaçadas, por exemplo, o mundo que tanto representamos e concebemos estoura imediatamente como bolinha de sabão.
O que vive unido por natureza (seja de que forma for) nada separa e esta é uma idéia contente, quase musical para perfumar até a ausência de fatos.

TUDO CERTO


PRA LÁ DO FIM DO MUNDO, O ABSURDO


TÁ TUDO CERTO
CERTAMENTE COMPLICADO
ME DIZ, AMANHÃ, A DISTÂNCIA DAS SAUDADES
DEIXA O SOL CONTENTE ENTRE NOSSOS DENTES
DEBAIXO DO CÉU E EM CIMA DA LÍNGUA
SEM ESFORÇO
SÓ O ALVOROÇO
TUA BOCA NA MINHA É O MUNDO TODO
DISTANCIA DA POEIRA DAS CIDADES
TANTO FAZ SE É DISPARATE DE ILUSÕES PRELIMINARES
TÁ TUDO CERTO
CERTAMENTE COMPLICADO
MESMO ASSIM TUDO DANADO
DESORDENADAMENTE ACONTECIDO
TÁ TUDO CERTO
ENTÃO FICA!


PS: gosto de brincar com a imagem que chega e me ocupa, sem moldes. Como se apalpasse até as possiblidades aparentemente mais estúpidas. Tudo é processo na construção do nada. Do absoluto e sagrado nada. Que de nada dependerá. Do vazio sagrado. Mítico. Da felicidade inefável. Daí a recorrência de algumas frases repetidas ou semelhantes em textos distintos sob ângulos diversos. São experimentações puras e simples, naturalmente tentadas, intentadas ou seja lá o que for ....

CABEÇA DE PAPEL






Escrever arranha o tempo. Ou lambe. Além de matar o outro jeito de dizer, claro. Certas letras engolem sujeitos viu? Metáforas fazem amor. Há frases para repartir bonança. Outras de empilhar ausências. Além das que existem só para povoar as cartas de amor “eternamente ridículas”. E sempre tão perdoáveis. Certas palavras nascem simplesmente felizes. Outras pontiagudas. Algumas são de proveta. Tem as fingidoras e etecétaras. Maquiar dor é mutilar-se à toa, seja qual for a construção verbal. De uma forma ou de outra o inconfessável é quase sempre explícito.

Soube, recentemente, por uma psicóloga, que metáforas constituem linguagem factualmente hipnótica. Servem também aos que não se rendem ao tédio dos exemplos tangíveis.


Quanto vale “o conhecimento que disfarça o desejo” metaforicamente falando?

OLHO NO OLHO





Os olhos fazem amor primeiro. Sempre. O êxtase é gestado nas pupilas. Um olhar certeiro pode despir toda interrogação. Resultar em exclamações múltiplas. Quem olha no fundo do outro deve saber dos riscos incalculáveis. Se gosto de alguém, geralmente, meus olhos contam. Já ralhei com eles por isso, mas não tem jeito, os cílios sorriem nervosos quando quero bem. Só depois a pele cega. Então posso dar as costas, como sinal de consentida intimidade. Minhas costas são bentas. Nenhuma maldição me pega cega.

Festejo tranqüila a imagem dos seus lábios, que não possuo. A boca quieta , geralmente, diz sutilezas, que a palavra não aprendeu. Só me viro sem rezar, entretanto, diante daqueles que bem antes me olham no fundo dos olhos, sem reservas, e portanto revelam-se donos de um coração tão valente quanto o meu....
Entre as reticências, as retinas misturam-se,platônicas, diante da lassidão dos corpos emudecidos....

ABRIL






Os olhos não sabem mentir motivos, na maioria das vezes. Será que só eu via aqueles devassos praticando amor em praça pública, na frente das crianças e dos cãezinhos?
Ele tinha olhar d’água. De rio no mar, enquanto a boca era um mundo. Que imagem caberia bela o bastante em meio aos lábios daquela Maria, entre o céu e a língua, sem esforço? Nunca soube ao certo quem era o tal José e essa abstinência me ardia. Dele gostei, a primeira vista, em cada detalhe que ainda desconheço. Até nos beijos, à mim repetidamente dedicados enquanto concedidos à orelhas alheias

Aquele enredo não tinha precisão de argumento. Estava escrito e então só contemplei a liberdade dos personagens em pleno disparate. Haveria muito para contar, caso eu não tivesse perdido o fio da meada, a primeira vista .....
PS: anotações de um abril sem fim

ENQUANTO ISSO






Nada nela, realmente, se acomodaria na sentença do silêncio de João. Nem numa outra qualquer palavra morta, ofegante, sufocada do lado de fora do olho. Estava dado o impasse enquanto o alheio jorrava saliva fria na pele da moça, reverentemente despido de cerimônias ocasionais, ao mesmo tempo em que era traído pelos próprios pêlos em confusão....
Corpos que pouco estiveram além de brasas, sementes de cinzas polvilhadas sobre as margaridas do canteiro central da avenida, onde se cruzaram com pressa demais em meio a tempestade.
Margaridas e Marias sobrevivem desacomodadas na ausência do sol, mas não gostam.

Conversa de Botequim regada a chá de jasmim e /ou monólogo da Julieta surda


imagem de Shiva Shankar - criador mitológico do Yôga ..um homem que teria vivido há mais de cinco mil anos na civilização dravidiana, hoje conhecida como Índia

No Método DeRose aprendemos que qualidade de vida é descomplicar. Ter bom humor sempre que possível. Não vale ser passivo, muito menos resignado. Yôga significa união. E união só acontece com partes inteiramente preservadas (o que não implica cruas ou duras), do contrário pode ser só osmose. Cada ser entende o mundo ao redor de acordo com as ferramentas de que dispõe é fato. Nem sempre por motivação e em muitas vezes por uma questão de boa educação somos levados a trocar idéias. Penso que uma boa meta é nortear qualquer conversação sempre do ponto de vista do humor e da positividade, com leveza e sem nenhum esforço de convencimento e/ou muito menos doutrinação. E tanto faz se o outro é conhecido de décadas ou transeunte eventual. Conversa é sinônimo de sufocante tédio, quando não sobram pausas estratégicas e sorrisos. tem gente que tem o dom de espremer o outro em frases autorais. Estes também criam verdadeiros larbirintos de frases de efeito, aonde a gente enfrenta até o minotauro se for o caso por um minuto de intervalo....
É engraçado como muitos, por exemplo, cultivam a vida toda o vício da elaboração imediata de respostas defensivas à qualquer colocação alheia, ainda que nem seja contrária. Para estes esgotar o assuto é questão de honra e mérito. Que bobagem se é tão bom quando sobra muita prosa futura, em meio a poesia de um encontro sem palavras. Tagarela inteligente é o que mais gasta tempo à toa. Fazem da conversa quase uma obrigação de revanches calculadas. Aí fica chaaato, as vezes a gente perde a vontade até de começar a falar. E diz um oi como vi já de saída para o sujeito não contar.
É que nem sempre a gente acorda disposto para campeonatos. pelo menos se a gente é do tipo que entra para ganhar. Certos interlocutores obrigam seus pares a entrar na final mundial do jogo da retórica sem aviso anterior. Como em partida decisiva de tênis, o que vale é marcar pontos e assim perde-se a chance de curtir um frescobol de fim de tarde, onde o que vale é o prazer de brincar, como diria Rubem Alves. Eu cada vez menos tenho fôlego para trocar impressões da vida nessas dinâmicas viaciadas e viciantes, aonde todos corremos o risco de estar acorrentados.
Tenho preferido o silêncio, mas isto não significa nada específico ok? Talvez esteja me ocupando em metabolizar algumas falas que faltaram no enredo de certas histórias. Também é um exercício de rompimento sesta mecânica do elegante enfrentamento ininterrupto das inteligências, entre um sorriso e outro, que as vezes me diverte, confesso. Sempre fui muito comunicativa. Defensora dos meus ideais, sonhos. Nunca quis convencer, mas em muitas fases quis me fazer entender, o que as vezes dá no mesmo e é pura perda de tempo porque todo mundo só entende o que quer e se propõe.
E não adianta qualquer esforço de comprovação. Eu posso te amar sem limites desacomodada na sentença de um silêncio, por exemplo, enquanto você nem ao menos suspeitará, que ainda lembre seu nome, só porque eu sorrio distante encabulada da sua obviedade, que me era antes tão improvável feito o sol do meio dia no meio de um temporal que veio mudo, a meia noite de amanhã .

É preciso cuidado minha gente.
Afinal palavra é mantra (som de poder). É uma responsabilidade enorme dizer seja lá o que for. Para o bem e para o mal. Escrever então ainda muito mais. Nem se diga o quanto. Recentemente o mestre DeRose falou em seu blog da importância da escrita inclusive (www.uni-yoga.org/blogdoderose). Minha irmã (www.finaflormonicamontone.blogspot.com)também pratica yôga. Como sou instrutora do método DeRose, que tem Yôga como uma de suas ferramentas práticas (ministro classes) e assim sempre trocamos idéias sobre esta filosofia difundida amplamente, como já citei não apenas através das técnicas yôgins, mas da literatura e outras ferramentas e propostas filosóficas e culturais do método DeRose. Acabei de ler um post muito bem escrito por Mônica e tive vontade de soar junto e atualizar o blog com o perfume desta cultura que tanto acrescenta aos que se identificam com suas propostas. Quanto mais se bate o gongo maior a possibilidade de comunicar certo? A proposta de vida do yôga prima pela simplicidade. Não aquela que renegue nada. Ao contrário. A simplicidade de realizar tudo que cabe num minuto sem neurose. No seu ritmo. Atento. Lúcido. Em uma palavra o Yôga prima pela naturalidade. pelo que é natural seja em que circunstância for. E principalmente pela expansão da consciência que em resumo significa poder. Educação da mente é para os corajosos, sem dúvida. A meta do yôga é nos tirar da mediocridade mental e nos alçar ao vôo da hiperconsciência. Eu misturei tudo aqui. Citei autores que respeito. Deixei a prosa correr solta, sem meta. Isso não é bom. Nem mau. As vezes vale. Noutras é só confusão......

Repetindo

Ser como o rio que corre.....................sem secar...........
ou flor do mato que nasce até no vão das pedras, onde a água nem chega.....








Quando a gente desencanta sobra na língua um cheiro de café frio...além do fracasso nos olhos....é sim..mas também ocorre que encantamento é etéreo ....tipo de calma confusão ininterrupta......

Eu sei que você não me entendeu. Nem eu .....



Recorte de imagem Dennis Phillippis

Vai entender! E se não entender ...dê risada da pissoleta da grampola e da parafuseta também... é o melhor jeito de não ficar faltando nada...(empirismo)
mas
"Se o nada desaparecer..a poesia acaba".....Manoel de Barros (do livro Poeminhas em Língua de Brincar..lindooo!!)

Com um pouco de observação atenta você entende sim o que fala o corpo do outro. A pele denuncia-se calada. O que sempre causa mais alarde. Qualquer gesto diz menos do que os olhos é verdade. De qualquer forma nunca vi um corpo mudo. E dessa presença autoexplicativa que somos todos nós materializados diante uns dos outros pode brotar bastante confusão. Porque você de repente, sem querer, percebe uma coisa, da retórica escuta outra e depois muito provavelmente pressupõe por sua conta e risco uma terceira hipótese, ainda mais distante do começo. Sim porque realidade é só um termo comum utilizado vulgarmanete para designar entendimentos completamente diferentes.
Agora,então, quando absolutamente tudo aquilo que se tem notícia pode metafisica e quanticamente falando ser ainda mais relativo aos contextos neuronais do que aos pressentimentos - e ainda mais em tempo de catástrofes anunciadas que chegaram -o que afinal pode ser efetivamente compreendido entre um ser e outro (s) ou de um para outro e vivce-versas? Eu ainda prefiro dormir abraçada com meus pressentimentos, mas tudo bem. É vício.
Muitas vezes, confesso, ouvi de um interlocuror "não te entendo!" quando era absolutamente clara (não só julgava como tinha certeza). Noutras me disse: te entendo perfeitamente pessoa, quando não havia um único argumento compreensível na ótica da lógica, que valesse ser citado em público, além da minha vontade de fazer sentido.
E tudo para que mesmo? entender? Para que tirando os inúmeros casos de emergência e sobrevivência , das noites, por exemplo, em que você ataca a sua biblioteca voraz na esperança de ler apenas e que seja uma frase capaz de retardar a sua vontade de simplesmente mandar tudo que você pensou que entendeu, entendia , ou entenderá para a P que pariu de uma vez só, em uníssono?
"uma coisa que você vai ter que se acostumar na vida é ao desaparecimento meu filho. ...."Não eu não me acostumo. Não entendo"....." "há mentiras que a gente ouve a vida inteira como se fossem verdades, mas que só existem se a gente acredita nelas.."..trechos de O beijo Não Vem da Boca. Leio no momento a "Cama na Varanda" que tem apontamento confusamente interessantes sobre as relações humanas supostamente mais íntimas, digamos assim.
Bom o papo até podia evoluir para bom, mas não^estou entendendo nada do que quero dizer nem para tu, nem para ele, eles , nós ^, vós e muito menos eles ..Já falei tanto que quem sabe eu mesma tenha quebrado o encanto da comunicação que pretendi e de repente também me cansei, entende?

Intuir talvez seja a possibilidade de ser feliz. E se a intuição supera o entendimento/conhecimento racional ela provavelmente dependerá de alguma perspectiva mais abrangente que entendo leigamente como o movimento. A metáfora dos pássaros, por exmeplo , quem tem a garantia de frustrarem-se menos na monotonia da paisagem condenada aos contornos supostamente reconhecidos. Voltando aos humanos desapegar-se da notícia ruim e até da boa é como garantir a continuidade do vôo. E assim..fluir no vento, na água ou da pele para dentro seria a única liberdade possível (autoconhecimento). Talvez. E as vezes parece impossível eu sei, mas com boa vontade e determinação deve acontecer. Realizar o realizável, zelar pela garantia de um movimento cotidiano harmônico, com tarefas importantes cumpridas, são possibilidades práticas incluídas também na idéia de autosuperação, um estágio talvez mais avançado do desapego em que naturalmente os vícios perdem força diante do prazer de novos comportamentos..
Enquanto isso
Na manhã de amanhã ***"acordarei dos sonhos intranquilos". Acordarei porque eu quero. Não porque entendo. Despertarei de qualquer imagem, sensação ou similar, que no conjunto da obra, não me fizer acordar bocejando um sorriso completamente desentendido, descabido e louco como os melhores sonhos, porque só esses interessam. "certa manhã acordei de sonhos intranquilos"CD Otto (título chupado da filosofia..e já que todos estaríamos a espera do corte..."
Se você não entendeu e nem está afim. problema seu . Entenda-se! E boa noite

imagem Dennis Phillippis

Quer ouvir histórias de sonhar? Entrar em outros mundos com os olhos, os ouvidos e o coração? Então encontre-se com o Grupo Parampará de Contação de Histórias. É só chegar com o coração atento e fazer parte da brincadeira. Sou parceira desta doce companhia em diversas travessuras com palavras mágicas, que dão outros sentidos à vida de sempre. Emprestamos frases encantadas de outros contadores como Manoel de Barros, Gabriel Garcia Marques, Cecília Meireles e muitos outros meninos e meninas grandes, além das coisas que imaginamos juntas e contamos do nosso jeito mesmo. As moças Denise Cruz, Marcela Puppio e Carla Kinzo contam cada causo..do que tipo que ninguém mais esquece. Tem também o Daniel Man. Mais que querido. Que canta e encanta. É o diretor musical junto com a dona Puppio (autora de várias canções). É gostoso fazer parte desta história. Tomei gosto. E você quando vem?
Ganhamos prêmios. Contamos histórias em cada lugar que você não ia acreditar. Até no ônibus lotado. Na rua. No parque. No teatro. Na festa. Na empresa. Por aí...aonde quer que haja mais de um coração....
Parampará é um termo sânscrito ligado a tradicão oral, que simboliza o conhecimento que caminha de coração para coração

Todos os domingos de março
Às 16h
Biblioteca de São Paulo
(Ao lado da estação de metrô Carandirú)
Saiba mais em WWW.GRUPOPARAMPARA.COM

No Facebook : Grupo Parampara

"Parampará, parampará
Uma historia pra contar
Para mim , para ti, para ele, para nós, para vós
Para tudo!
Para ouvir e escutar a história que eu tenho pra contar...
Todo dia uma surpresa
Cada vez em um lugar
porque toda hora é hora de sorrir e imaginar
"

Tudo ou Nada?

Entretanto.....


" Fica sempre um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores..."





É verdade que o vento leva a tristeza para outros lugares. Em movimento de certa forma impedimos a cristalização do caos. De que são feitas as tormentas afinal? Massas em princípio amorfas? Junção de um tanto de silêncio e outro de sal? Ou são feitas do mesmo nada?Aquele que tudo move...
O nada é algo, afinal. E se de repente você percebe que não tem o “perfil” para protagonizar a sua vida, da maneira que ela transcorre em cima das suas dores mais agudas? Sempre há a esperança da oportunidade de um novo enredo é certo. Assim como também sobra o medo de você não passar de mais um idiota em busca de uma vida menos ordinária. Enquanto isso sonho com um milhão de sorrisos ....Tento não fazer deste sonho uma urgência. Viver cada partícula de existência é tão urgente em mim que fica difícil entender quem deixa toda ou qualquer beleza para hora dessas, se der tempo....

FRIO







O cansaço talvez seja um de nossos principais inimigos. Sensação que cega. É preciso estar atento e forte e energizar-se ininterruptamente, mas as vezes a tristeza nos vence numa ou outra batalha. Chora-se muito. Ou não. Quem sabe? E fica a pergunta por que? Se meu peito ficasse quieto. Salvo nos limites do sutiã branco de algodão, talvez a pele doesse menos por roçar descuidadamente o mundo alheio e suas respectivas feridas. O outro é um universo impenetrável e isso as vezes dói, como tesão contido. Há uma sentença de solidão nessa separação inerente a qualquer vontade.








"Há sempre um lado que pesa e outro lado que flutua...."Otto
galera que foi no evento do NEXT ; valeuuu! Foi demais. grande noite..arte e diversão em toda parte..se é que existe separação possível entre estes dois termos ..
galera que não foi: perdeuuu!!!!

E o carnaval tá chegando...."quem não gosta de samba/bom sujeito não é/ ou é ruim da cabeça/ ou é doente do pé..."


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Pessoas doces como melado de cana e gentis como o canto de passarinho coexistem por aí...É assim a ka Montone, minha irmazinha recheio de bolo brigadeiro. Olha o presentinho que ela me deu. "Eu só sei que nada sei..."..mas adooro carinho. Obrigada Ka (www.varaldasartes.blogspot.com)


Sexy

Sexy. Sempre adorei esta palavra. Simpatizo. Não me remete ao sensual nem ao libidinoso. É mais que isso. Sensação. Palavra leve. Musical. Uma espécie de dança de sentidos possíveis. Não sei dizer. Se bem que no dicionário libido pode ser energia psiquíca que tende a perpetuação da vida. E neste sentido sim posso atentar para alguma correlação ao termo sexy, mais comumente ligado só à " gerar" excitação. De qualquer forma a vida só é vívida com a beleza da leveza do que flutua....sem explicação..do que é fértil....
O fato é que geralmente uso esta palavra para tudo. Um cheiro sexy, um olhar sexy, uma comida sexy, não necessariamente aforidsíaca, mas cheirosa, colorida e assim sendo por suposto vegetariana..(haha..brincadeirinha..cada um se alimenta como quer, mas bicho morto para mim cheira sofrimento..) enfim voltando ao lado sexy da vida..sim tudo que é espontâneo, colorido, vivo, fácil de sentir, transmitir, interagir, fluir encaixa-se na descrição empírica e pessoal da palavra heheh. Que seja sempre assim a Sexta Sexy do NEXT que segundo os organziadores leva este nome porque Arte é Sexy.

Quem estiver em Sampa e for sexy ou simpatizante (kkk), que apareça lá no Next, um teatro contemporâneo e charmoso de Sampa nesta sexta dia 05 de fevereiro. Tá abaixo o convite e os detalhes www.teatronext.com.br. besos meus

F.E.S.TA C.U.L.T.U.R.A.L

Carol Montone e Antônio Destro no número teatral "Arrulhos", texto de Antonio Rocco, nesta sexta-feira no Next, um dos teatros mais charmosos de São Paulo, que lançou sucessos como "Terça-Insana" e é palco de vários eventos culturais
A noite apresenta eclético cardápio de atrações e também vira dancing do melhor..porque arte é sexy?
A festa começa às 20h30
e os números teatrais por volta das 22h
Vai rolar microfone aberto também...





SEXTA SEXY 2010

Sandra Martinelli e Antonio Rocco

Convidam



Reestréia dia 5 de fevereiro

no NEXT as 20:30



Nossa noite começa as :

20:30

- Rodrigo Noronha e Iko na Guitarra pra recepção dos convidados



Na galeria:

Sandra Martinelli

Renata Sandoval

Lucilla Meirelles

Dacio Bicudo

Anapana

Sandra Lee

Gigo Manfrinato

Nelson Muniz

Claudia Briza

Antonio Rocco



DJ:

Marcelo Musarra



21:30

projeção dos vídeos de Luiz Angerami e Beati Di Giorgi:

“Inscrições no Coração” e “Diálogo com o Diabo”



22:00



- Banda

BAND´OU



23:00

– Pílulas de teatro e artes plásticas



Antonio Destro

Carol Montone

Bronie Lozneanu

Cristina Rio Branco

Flavio Falcone

Renata Sandoval



E grande elenco



Jam session:

Introdução:

Maria Silvia Altieri

E depois aberta aos músicos e quem quiser cantar e tocar





Entrada só R$10,00

Bar( dinheiro e cheque)

.......... pra vender bebidas com ficha e não formar filas na saída do teatro



Divirtam-se



Rua Rego Freitas 454


CANÇÕES DE AMOR


Memória da Pele.....


De repente uma música te faz lembrar do desconhecido. Do conforto da total ignorância dos motivos. Das cicatrizes que atravessariam pudores.

De repente amanhã a passagem silenciosa das horas de mais um dia será alarde de vezes que a sensação do cheiro daquela memória sem passado provocará. Você já ouve claramente a risada que não houve. E alegra-se por não duvidar de seus pressentimentos. E assim ter percebido a canção.

De repente esta insuspeitada melodia embala seus medos, feito mãe incansável. Mesmo quando você quer dormir só. O som agora também é sopro em ferida antiga. Não arde, mas reverbera outras perturbações. Como o contentamento na fragilidade do corpo que acolhe a canção. E há estranha paz na pele que dança.

De repente o desconhecido está em tudo aquilo quanto havia antes. Vocês dois: o mesmo universo. E aquele cheiro de uva misturado a bala de hortelã pare uma fragrância autônoma. Estranha. Não é propriamente boa. Tampouco ruim. Como é o imponderável. E permanece em todos os envolvidos não como lastro de navio, mas vento.


De repente você entende que o desconhecido já é um fantasma de mil anos na cronologia indefinida da brevidade de tua existência. E qualquer negação será só.

E tudo, seja lá quanto for, que o desconhecido te reservar de “realidade” será vago diante da amplidão da plenitude possível nos acordes das primeiras ilusões.
De repente se aquela música tocar hoje, sem aviso, você talvez simplesmente chore ou quem sabe ria, diante de uma emoção que não compreende literalmente, ainda...



BEIJO DESCARADO NO EGO ( do tipo que só quem acordou insegura (o) pode dar...)
Minhas costas são bentas. Nenhuma ruindade me pega cega. Se caminhar, "apesar de" em qualquer direção estou livre de quem não vem junto. E também porque só paro perto de quem me olha antes e profundamente nos olhos, sem reservas, e assim revela um coração tão valente quanto o meu....o resto é paralelo. Nunca se cruza....E assim ...passamos ...todos....

CRAZY FOR YOU



Hoje reparei um buraco na parede da minha mente
Nele enxergo em perspectiva a saudade sangrar
Lentamente
Dentro dos dias

FALECOMCAROLMONTONE@YAHOO.COM.BR

PARA SEMPRE JULIETA








De amor pela vida morri sucessivamente. Em cada palavra que não trouxe ao mundo. E na solidão desta impossibilidade quis pelo menos uma manhã sem o futuro da morte anunciada. Um intervalo que acomodasse discretamente as minhas ausências. Um texto sem a obrigatoriedade da existência de verbos, ainda que diante do infinito cotidiano amar reste como a única paisagem instigante o bastante. Aquela que resgata a complexidade sugada pelo vivido.

Amar um outro ser talvez resulte apenas na transferência do medo. No escambo da humana impermanência pela eternidade de um desejo. Nesse ponto tudo é fuga. Procura da eternidade brutal do que enfim fez sentido. O amor. Diante da própria morte, entretanto, seria convenientemente convincente argumentar a necessidade de mais tempo para aprender a amar os outros?


Viver talvez consista uma experiência volátil, que se concretiza só pelo tato. Na fricção das ilusões perdidas, com os sonhos restantes. De repente o amante gostaria de nunca ter começado. Há uma tristeza impune nesse amor incontido. A certeza do fim, num amanhã que nunca quisemos, pois todo caso de amor vive da utopia de sempre resistir.

ALEATORIEDADES

"Pra que perder tempo disperdiçando emoções?? Grilar com pequenas provocações?"......

"Todo mundo tem um pouco de medo da vida..."

Hoje já são 11 os dias do novo ano....e livrar-se dos velhos paradigmas talvez leve ainda mais uma boa soma de horas...

De toda forma se fecho os olhos me imagino ainda mais leve e solta de tudo que não me serve...... Tudo começa na mente e afinal é nela que plantamos a sorte anunciada....

O mar me atiça e me acalma. É como certos poemas.
O coração está banhado de sal e volto à terra firme sem saber ao certo o que isto significará...enquanto tento não pensar em demasia, medito e danço sempre !!!!

***Dhyána - Meditação, intuição linear, estado de surpaconsciência, sétima parte do yôga de Pátañjali, no ády ashtánga sádhana, pincipal característica do método DeRose, está inserido no oitavo anga Samyama.

* Samyama - Etimologicamente porde significar "ir junto", técnica tríplice que consiste em realizar concentração (dháraná), meditação (dhyána) e hiperconsciência (samádhi, a meta do yôga)..
outras informações www.uni-yoga.org