quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



CANÇÕES DE AMOR


Memória da Pele.....


De repente uma música te faz lembrar do desconhecido. Do conforto da total ignorância dos motivos. Das cicatrizes que atravessariam pudores.

De repente amanhã a passagem silenciosa das horas de mais um dia será alarde de vezes que a sensação do cheiro daquela memória sem passado provocará. Você já ouve claramente a risada que não houve. E alegra-se por não duvidar de seus pressentimentos. E assim ter percebido a canção.

De repente esta insuspeitada melodia embala seus medos, feito mãe incansável. Mesmo quando você quer dormir só. O som agora também é sopro em ferida antiga. Não arde, mas reverbera outras perturbações. Como o contentamento na fragilidade do corpo que acolhe a canção. E há estranha paz na pele que dança.

De repente o desconhecido está em tudo aquilo quanto havia antes. Vocês dois: o mesmo universo. E aquele cheiro de uva misturado a bala de hortelã pare uma fragrância autônoma. Estranha. Não é propriamente boa. Tampouco ruim. Como é o imponderável. E permanece em todos os envolvidos não como lastro de navio, mas vento.


De repente você entende que o desconhecido já é um fantasma de mil anos na cronologia indefinida da brevidade de tua existência. E qualquer negação será só.

E tudo, seja lá quanto for, que o desconhecido te reservar de “realidade” será vago diante da amplidão da plenitude possível nos acordes das primeiras ilusões.
De repente se aquela música tocar hoje, sem aviso, você talvez simplesmente chore ou quem sabe ria, diante de uma emoção que não compreende literalmente, ainda...



BEIJO DESCARADO NO EGO ( do tipo que só quem acordou insegura (o) pode dar...)
Minhas costas são bentas. Nenhuma ruindade me pega cega. Se caminhar, "apesar de" em qualquer direção estou livre de quem não vem junto. E também porque só paro perto de quem me olha antes e profundamente nos olhos, sem reservas, e assim revela um coração tão valente quanto o meu....o resto é paralelo. Nunca se cruza....E assim ...passamos ...todos....

CRAZY FOR YOU



Hoje reparei um buraco na parede da minha mente
Nele enxergo em perspectiva a saudade sangrar
Lentamente
Dentro dos dias

FALECOMCAROLMONTONE@YAHOO.COM.BR

PARA SEMPRE JULIETA








De amor pela vida morri sucessivamente. Em cada palavra que não trouxe ao mundo. E na solidão desta impossibilidade quis pelo menos uma manhã sem o futuro da morte anunciada. Um intervalo que acomodasse discretamente as minhas ausências. Um texto sem a obrigatoriedade da existência de verbos, ainda que diante do infinito cotidiano amar reste como a única paisagem instigante o bastante. Aquela que resgata a complexidade sugada pelo vivido.

Amar um outro ser talvez resulte apenas na transferência do medo. No escambo da humana impermanência pela eternidade de um desejo. Nesse ponto tudo é fuga. Procura da eternidade brutal do que enfim fez sentido. O amor. Diante da própria morte, entretanto, seria convenientemente convincente argumentar a necessidade de mais tempo para aprender a amar os outros?


Viver talvez consista uma experiência volátil, que se concretiza só pelo tato. Na fricção das ilusões perdidas, com os sonhos restantes. De repente o amante gostaria de nunca ter começado. Há uma tristeza impune nesse amor incontido. A certeza do fim, num amanhã que nunca quisemos, pois todo caso de amor vive da utopia de sempre resistir.

ALEATORIEDADES

"Pra que perder tempo disperdiçando emoções?? Grilar com pequenas provocações?"......

"Todo mundo tem um pouco de medo da vida..."

Hoje já são 11 os dias do novo ano....e livrar-se dos velhos paradigmas talvez leve ainda mais uma boa soma de horas...

De toda forma se fecho os olhos me imagino ainda mais leve e solta de tudo que não me serve...... Tudo começa na mente e afinal é nela que plantamos a sorte anunciada....

O mar me atiça e me acalma. É como certos poemas.
O coração está banhado de sal e volto à terra firme sem saber ao certo o que isto significará...enquanto tento não pensar em demasia, medito e danço sempre !!!!

***Dhyána - Meditação, intuição linear, estado de surpaconsciência, sétima parte do yôga de Pátañjali, no ády ashtánga sádhana, pincipal característica do método DeRose, está inserido no oitavo anga Samyama.

* Samyama - Etimologicamente porde significar "ir junto", técnica tríplice que consiste em realizar concentração (dháraná), meditação (dhyána) e hiperconsciência (samádhi, a meta do yôga)..
outras informações www.uni-yoga.org