quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



CONVITE




Olha o Saraubéia aí " minha gente fina elegante e sincera"!!! Neste domingo tem festa cultural na Casa das Rosas, em Sampa. Você é meu convidado especial. Estarei em cena. Começa as 19h. Em nosso balaio cultural há literatura, teatro, dança, música e muitas surpresas. O segundo número da revista Trapiches, cujo lançamento também é fruta madura de nosso balaio, está recheado de novidades apetitosas. Assino duas reportagens, uma sobre teatro e outra sobre contação de histórias. O time de colaboradores deste projeto é corajoso e reúne visões mais abragentes sobre o "fazer arte" neste país. Confira! www.trapiches.com.br , uma publicação do projeto Macabéa.

Eu tô só felicidade! A Casa das Rosas é um local encantado na Avenida Paulista, 37. Tem cheiro de possibilidade, sabe? Estar em cena num local assim tão poético e em meio a artistas empreendedores e independentes aguça meus sentidos. E quando fico assim mexida, o couro come. É assim como se minha carne se derretesse em saliva e a alma engolisse meu corpo. Adorooooo!
Beijos
e aparece lá com o ar de sua graça
Puxarei uma grande roda de ciranda, uma das mais deliciosas manifestações populares. A gente sente a energia rodar de mão em mão.....Quero seus dedos enlaçados nos meus. Digo os seus dedos. Essas extremidades tuas rara pessoa, que só quer compartilhar a vida, sem julgar, sem racionalizar, simplesmente..vivendo...
"Essa ciranda não é minha só..ela é de todos nós..ela é de todos nósss"......

SARAUBÉIA
DOMINGO
19H
CASA DAS ROSAS
AVENIDA PAULISTA, 37
ENTRADA FRANCA

PARA QUE.





Quantas vezes perguntaremos o que somos e no meio das definições nos acharemos perdidos? Para que investigar motivos se o que importa, quase sempre, é indiferente às explicações. E é tão belo quando nada se sabe e tudo acontece. Em meio a uma ciranda de simbologias, ladeados de compromissos com a manutenção da persona, quase sempre o que fica a deriva é o melhor de nós. Quando lembro disso, quase chego a não me arrepender de ter abdicado de minha capa de mulher maravilha e aparecido tão menina diante de teu hálito macho. De toda forma nenhum disfarce dura todos os carnavais e sua retórica também ruiu com o tempo. Acabei te pegando com as calças na mão, assustado. E chorei um samba-canção mal acabado, nas tuas costas nuas. Uma melodia de quereres. De te querer bem.
Pouco estive preocupada comigo ou contigo, é verdade. “Aquilo” que está entre as vontades é que me chama atenção. Exatamente aonde as fomes se misturam e formam uma energia comum. E energia não morre, nem vive em tempos passado presente ou futuro. Energia se condensa e se dissipa, circula, muda de lugar.
Para quem só enxerga diante da pele, o óbvio, todo o resto é esquizofrenia. Vir o mar, na saliva das bocas misturadas, num só desejo, é também correr o risco de encontrar tubarões e icebergs. Então, talvez para uns seja mais fácil sentir a língua só como um pedaço estranho de carne, enquanto outros têm em cada parte de si a imensidão.
Somos talvez um oceano azul, bonito, mutante, que guarda profundezas e mistérios, atravessa as marés e segue até o sem –fim da linha do horizonte. De toda forma, aprendi a duras penas, que muitas vezes é preciso contemplar certas paisagens calada.