Segunda, chorinho carnavalesco
Ela é a garota errada. Você sempre soube. Meio autista. Num dia precisava de silêncio total e noutro de filosofia e poesia de botequim, regados a chá de jasmim.
Você a proibiu de não te querer e ela queria. Não carecia impor teu colo. Ela sabia que lá se encaixava, sem esforço. Quantos pedaços de pele dela estão em seu bolso agora, depois que tuas certezas a afugentaram?
Ela não sabe mais ser permeável ao amor. Nessa história, não há culpados. Há um intervalo que cheira a fim, entre seus corpos apartados.
Ficaram invisíveis um ao outro. E nesse tempo, lá de seu esconderijo secreto a menina telegrafa no vento: vem!!
Quando o bilhete chega ao destino, porém, ela corre feito tigresa.
Mas...neste momento da história, a personagem é uma barata tonta. Talvez porque ainda seja carnaval.