quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



BUMMMMMMM!!!!!





Nunca tive medo do que explode em mim. Talvez devesse, porque nada fica indiferente a uma bomba e os estilhaços ferem. Tem emoções que rodopiam até fazer vomitar. Até que a gente aprende a voar acima delas. E essa viagem começa, na imaginação. "Não fique esperando a vida passar tão rápido. A felicidade é um estado imaginário". Quando a gente vê as prisões, bem lá de cima, elas viram ilusões de ótica. Quis acreditar, que meu corpo e alma eram passagens para o infinito. E assim muitas vezes me perdi, no mundo dos que exigem provas. Não importa. Também me salvei de ser outra morta-viva na selva de plástico. Nada me fez ainda arrepender, ainda, de não tolher nenhum veio da minha existência. Certos nãos da vida explodem no meio dos meus miolos, como o sol do meio dia. Não dá para arrolhar meu sangue, como fosse um vinho tinto qualquer. Sou água corrente. Um acontecimento em movimento. As vezes, um rodopio. Noutras só o bico do papagaio querendo mordicar um alface verde. Sou tão menina, que me assusto, quando penso que há trinta e cinco anos, num dia número 7, morria Neruda e nascia Carolina. A vida é assim. Contínua na beleza.