quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



"Vão-se os anéis...ficam os dedos..."


É. Acho que sempre careci de dedos alheios...O outro é mesmo minha conexão comigo. Tão simplória esta psicanálise de botequim não acha ? Sim é. E não sei se choro ou rio de tão estúpida honestidade, da minha parte. É que eu , propriamente dita , talvez seja ou esteja no espaço entre minhas singularidades e as diferenças alheias. Sou assim uma espécie de fluxo...só aconteço na conexão.....

Por que parece assim tão inevitável explorar dúvidas cabeludas como de onde eu vim e irei enfim para algum lugar???? nas proximidades de uma criatura fazer aniversário????
Parece ratoeira e alguns, como eu, adoram certos queijos...
Tudo nesta fase vira prato cheio para pirar.
Gente eu não tenho a menor idéia do que é ser uma mulher de 34 anos( a serem completados neste dia 07 de dezembro)...sou uma colcha de retalhos de todas as idades que tive.
E entre uma choradinha e outra gargalhada.....vou fazendo de conta que aceito esta numeração.....Já a minha meninice é tão bem resolvida.... Circula em todos os cantos de mim, como quem é dona do pedaço há muito mais tempo. Está debaixo da blusa, entre os seios pequeninos e ainda suculentos ou a espreita do bote, rindo “das idéias enroladas dentro da minha cabeça” ... não tem jeito. É como aquelas flores do mato, que mesmo sem chuva ou zelo, ficam ali insolentes desafiando os tolos .......
Ai de mim! Ainda tão pura ! Ainda não fui maculada pelo entendimento da palavra lucidez, que como já dizia Clarice Lispector,....enlouquece os desavisados......
Entre paradigma e paradoxo, sou o segundo certamente.....e isto pode ser só mais uma ilusão do meu ego “de massa”, mas afinal “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha???
Quero fazer amor com a vida, em qualquer calçada, sob a luz do poste. Sou o bicho do mato, travestida de princesinha da mamãe....e vice-versa
Não adianta porque eu não vou usar meia calça! Quero o prazer dos dedos soltos...
Mas não quero a obrigação de me masturbar, para ser uma mulher do meu tempo. Confesso que não sou muito boa nisso. Eu me acaricio, me lambo, me cheiro, me quero, mas não me sacio. Doses excessivas de auto-suficiência tiram o mel da vida: o encontro....
Gosto de poder mudar de idéia. Por exemplo demorei mais de três décadas para me encontrar com as flores azuis, de Buenos Aires. Nunca deixarei de amar as vermelhas ou qualquer outra, mas de agora em diante as azuis me causam o fascínio encantador da descoberta. Elas vieram pelas maos de quem me ama muito. Ainda melhor. Que eu possa retribuir sempre com o perfume daquilo que há de melhor em mim.....
Desejo que todas as pessoas e personas , sinônimas e homônimas, que coexistem carolando em mim celebrem esta convivência, assim como a busca da unidade da essência.....
E por que dizer tudo isto? Porque as fomes são irmãs, como dizia meu saudoso avô...

E depois:

“E quando eu morrer...Não quero choro nem vela...Quero uma fita amarela...Gravada com nome dela......” Noel Rosa

Muitos dias sem dormir...cabeça parando literalmente de funcionar.... e se amanhã não for nada disso...era só vontade de tentar traduzir essa confusão, ainda que de forma tão clichÊ.......apelando para gracinhas e conversas de elevador...
Beijosssssssssssss
Em tempo: Montone é um sobrenome italiano , que significa carneiro........e eu já vivi o maior encontro de minha existência, com meu filhote carneirinho Cauã...por isso a foto tão desconectada do título..hahah...tudo a título de confusão mesmo......hahaha
agora é com vocês