Mães são pássaros santos! São os únicos seres capazes de trocar o sagrado direito ao ócio eventual – criativo ou não - pelo sorriso de um ser encantado, de outro planeta – o planeta amor incondicional – ao qual aprendem a chamar de filho. Ser mãe também significa adquirir deficiências. Tente, por exemplo, educar uma mente materna à meditar. Vai dar trabalho viu? É que o parto mental demora à acontecer....o pensamento das mamas está, quase sempre, na ”função”, tipo on line, disfarçadamente ou descaradamente. Claro que essas são armadilhas passíveis de serem vencidas ou conciliadas, com um pouquinho de inteligência e boa vontade, porque ser mãe no meu dicionário, que seja, não significa escravizar-se, mas .....a simples ameaça de um choro do filho será sempre prioridade ou, no mínimo urgência.
Hoje louvo a santa Monita Dias, minha mãe, a baiana porreta mais linda do mundo. Um exemplo exagerado de devoção à maternidade. Uma menina corajosa, que quis porque quis se multiplicar em três outras molecas e deu seu jeito - com erros e acertos - para que a gente estivesse aqui agora saboreando a vida. Obrigada maezinha !!!! parabéns...
Seja minha ou a tua, mães serão sempre boas e más. Certas e tortas. Salvadoras e algozes. Serão o que puderem e fazem isso como ninguém. Enfim, em todas as suas formas e coloridos, são mulheres que um dia correram o risco de tentar amar um outro, mais do que a si mesmas.... e encararam muitas guerras particulares e/ou sociais, principalmente aquelas “duvidosas aventureiras”(categoria da qual sou simpatizante), que tentam achar um jeito próprio, no sentido mais amplo da palavra, de cuidar da cria.
Eu não planejei ser mãe sabe? Nunca tive instinto materno. Sou impaciente, impulsiva, um tantinho irresponsável (risos), odeio regras, a palavra limite, quase sempre, me dá urticária e para resumir uma lista enorrrrrme de características nada seguras à um pobre filho, confesso que sinto um medo paralisante em me pensar “o” exemplo de alguém, não um qualquer alguém...mas aquele que eu mais amo e amarei em todas as minhas vidas.....
Com todos esses contras no jogo, eu e meu pequeno fomos construindo nossa história de amor, que completa 13 anos em dezembro. Todo dia eu olho para ele dormindo, tipo aquelas cenas de novela e penso....que privilégio. Meu anjo não foi planejado. Tenho dificuldade com planejamentos, mas foi imensamente querido quando chegou me arrepiando de susto. Obrigada querido Cauã , mais uma vez, por ter me parido mãe.
É claro que eu quero a dádiva de parir muitos filhotes ainda: meus livros, peças teatrais, filmes e projetos pessoais. Tudo que vem da gente é filho, eu penso. Cauã já tem vários irmãos que saíram do ventre da minha vontade, mas de carne e osso ainda não tá rolando e nem sei se vai. Só que depois do Cauã , há um sossego em meu ventre, que só as mães que me lêem poderão saber.....
Por falar em santa....fica a dica às mamães e filinhos (crescidos lógico!) do vinho tinto Santa Carolina. Meu homônimo...risos
Também deixo parabéns bem grandão e cheio de carinho para as mães da blogosfera, que adotaram este cantinho aqui!
(foto do site www.olhares.com.br..., não tem jeito adoro esse site)
