quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



VORAZ






Teu olhar faminto engoliu minhas fomes.
Fiquei a mendigar vontades, na porta de templos pagãos.
Tuas pupilas saquearam minha paz e minha guerra.
Emprestei um vestido para guardar a pele, qual fruta descascada amarelada no tempo.

Feito o papel velho das palavras nunca ditas,
A palidez dos versos abortados,
O tempo sangrado do relógio,
Enquanto
Eu guardava pêras maduras no sutiã, para te dar de manhã.