quem conta um conto aumenta um ponto
e mais não digo ....



O EU EM CENA



Eu eu cena no espetáculo Retratos de Mãe, do pernambucano Ronaldo De Brito. O espetáculo foi premiado no último sábado num festival regional, que reuniu dezenas de companhias paulistas em Salto.

Minha vida não cabe em minha narrativa e vice-versa. Existe uma simbiose estranha entre essas partes do mesmo todo: eu, que sou tantas assim, no palco da minha existência.
Ontem estive pensando que certas dores são como as pedrinhas, estarão lá para sempre no universo, mas podemos usá-las, quando vier esse contentamento, para jogar amarelinha e sinalizar novas aventuras. A tristeza é estática. Ela fica aonde a gente coloca. Já a alegria não. Nessa ninguém põe rumo. Ela espalha no vento, feito painas. Lembrei do meu avô dia desses, quando pensei que gostaria de me deparar com uma árvore repleta de painas. Sabe aquelas pluminhas brancas, leves? Será que elas existem memso ou foram fruto da minha infância? Gostaria que ele, meu avô, estivesse também na sombra da árvore, quando eu a encontrasse assim de repente por aí para um longo abraço. A gente as vezes quer cada coisa não é??
Tive pensando também que sei quando vou ou não vou amar uma pessoa, de cara. É pelos olhos que meu amor acontece. Depois, ele dá vários passeios, claro!. Mas sem dúvida eu amo o seu olhar. E amor de retina é eterno, mesmo de costas. Mas vai explicar isso pra gente cega né?? pra que perder este tempo. Vou é tentar desenhar meus quadrados de giz para brincar um pouco de amarelinha. Tô precisando.
em tempo:

Há uns versos de kahlil Gibran, escritos faz mais de 100 anos que dizem assim:
"As pessoas dizem: darei para quem merecer. Mas não é isso que dizem as árvores. Elas dão para poder continuar vivendo, porque guardar é perecer. Na verdade é a vida que tudo divide e compartilha e os seres humanos não são nada além de testemunhas da sua própria existência"".....

lembrete: Para conferir a noite sem fim acesse WWW.CULTURABOTEQUIM.BLOGSPOT.COM